Planejamento financeiro pessoal, você sabe o que é isso? Guardar a décima parte do que ganha para gastar consigo mesmo, você faz isso? E investimentos, você tem? Se não tem, precisa continuar lendo atentamente.
Nesse artigo você entenderá como é perfeitamente possível começar agora mesmo a ter um maior controle sobre suas finanças e fazer sobrar dinheiro para investir. Acompanhe.
Planejamento financeiro pessoal: um hábito necessário
É comum conversar com as pessoas e descobrir que elas não têm um planejamento financeiro pessoal.
As estatísticas confirmam que no Brasil isso ocorre com frequência. Um estudo realizado em todas as capitais pelo SPC e pela CNDL apontou que 45% dos brasileiros admitem não ter nenhum controle efetivo sobre o próprio orçamento. Tal percentual sobe para 48% entre as classes C, D e E e para 51% entre indivíduos do sexo masculino.
E quando pergunto a alguém: por que você não tem um planejamento financeiro pessoal? Geralmente a resposta é: “está tudo na minha cabeça”.
Isso é péssimo, porque “na cabeça” ficam guardadas apenas as contas de maior valor, ou seja, as despesas principais, com valores mais altos. Portanto, aqui vai a primeira dica, não confie apenas na sua memória; anote tudo!
Como começar seu planejamento financeiro pessoal do zero
Aquelas despesas do tipo, “10 reais no mercadinho do Zé”, 17 reais na farmácia do seu bairro, com certeza, são valores que não estão na sua cabeça. E o que acontece no final do mês, quando você recebe o seu salário?
Você soma as despesas principais a essas despesas menores, das quais você nem se lembrava e… surpresa, estou endividado! Tendo isso em mente, aqui vai a segunda dica.
Defina um planejamento financeiro pessoal mensalmente.
Tal planejamento pode ser feito através de uma planilha, onde você coloca todas as suas receitas e gastos. Acompanhando esse planejamento mensalmente, você descobre se suas finanças estão positivas ou negativas e onde é possível cortar despesas.
Reserve 10% da sua renda para gastar só com você
Outro hábito, ou melhor, outra falta de hábito comum é não reservar uma parte dos rendimentos para gastar consigo mesmo. Muitos pensam: estou endividado, não tenho dinheiro para nada, como vou reservar uma parte para gastar só comigo?
O mais comum é que você receba seu salário, comece a pagar as contas e ao mesmo tempo faça pequenos gastos pessoais com supérfluos, como tomar um sorvete, comprar um novo tênis, etc.
No final, percebe que o dinheiro não será suficiente para pagar todas as contas, exatamente porque parte dele foi gasta com supérfluos. Então, essa é a terceira dica: defina um limite para gastos pessoais com supérfluos no seu planejamento financeiro.
É correto e necessário separar uma parte do seu dinheiro para gastar com você. Mas lembre-se de respeitar seu orçamento. Não ultrapasse o limite estabelecido para os gastos com supérfluos. Ao contrário, você comprometerá o dinheiro destinado ao pagamento de despesas e contas maiores.
Ter um planejamento financeiro pessoal viabiliza investimentos
Outro erro frequentemente observado é que as pessoas não reservam parte de seus rendimentos para investimentos. Investimento aqui não se refere necessariamente à bolsa de valores ou algo do tipo.
Um bom exemplo é pegar parte da sua renda mensal e começar a investir na poupança agora. A poupança é um investimento pouco rentável? Sim. É um jeito de começar.
Comece do básico, mas comece agora.
Trata-se de um ciclo positivo: você faz um planejamento financeiro, descobre onde está gastando demais, passa a economizar, o dinheiro começa a sobrar. A décima parte desse dinheiro fica reservada para gastar só com você.
Então é hora de voltar lá nas despesas e tentar cortar mais gastos. Vai sobrar mais um pouquinho. Pegue esse dinheiro e comece a investir na poupança.
No final de um ano, você descobrirá que acumulou um valor que, se não tivesse poupado, não teria.
Ao se empenhar em começar um planejamento financeiro pessoal, tente pensar da seguinte forma: cortes no orçamento não servem para trazer privação, mas sim para garantir uma vida melhor a médio e longo prazo.
Então, comece agora mesmo: reserve um tempo, crie um planejamento financeiro, separe 10% do do seu salário para gastar consigo mesmo e outra parte para investir. Você vai comprovar que isso fará uma grande diferença.
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